quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A salvação da Alma

Análise:

A Salvação da Alma de Carlos Drummond de Andrade é um conto simples e que mostra uma situação comum na vida de muitas famílias, que é a briga entre irmãos, que se amam muito, mas que frequentemente estão se atracando, muitas vezes por motivos bobos. Os irmãos Novais são mais uns desses que são muito unidos, apesar das brigas compartilham de momentos marcantes em família, o irmão mais velho, Miguel, apesar de distante é bem lembrado, os irmãos entendem a sua ausência, sabem que é para aprender e que isso será bom pra ele futuramente, Édison é um pouco neutro na história. Ester a irmã do meio acompanhava sempre os irmãos e era a pupila do pai, que dava dinheiro a ela para comprar tudo que os irmãos lhe ofereciam, os mais novos Tito e Augusto estão envolvidos na "salvação da alma" que é mais uma das promessas de dois meninos e como sempre passa rápido e voltam a agir com antes.

Izabella Pires

O Sorvete


Resumo:
Joel e seu colega moravam em uma pequena cidade, onde o único lugar que havia diversão era o cinema.Em um domingo ele e seu amigo,estavam a caminho da cidade para ver o filme ,quando passaram enfrente a uma confeitaria e avistaram a novidade,um novo sorvete com sabor de abacaxi.Joel com água na boca queria muito experimentar,mas não foi isso que eles foram na cidade e continuaram o caminho para o cinema ,chegando lá não conseguiam parar de pensar no sorvete , e voltaram para experimentar essa “delicia”.Ao provarem,odiaram mais para o amigo de Joel era uma questão de honra terminar aquele sorvete,era um orgulho de familia dado desde quando estavam no berço ,devemos fazer aquilo nos é necessário por iniciativa própria.Tomando assim todo sorvete,o garçom se aproximara,Joel pos a mão no bolso e o dinheiro não deu para pagar aquele horrível sorvete.


Personagem:
Joel tinha treze anos , era meu comandante , e exercia o comando na cidade, onde crescemos amigos inseparáveis .

Joel um protetor, um guia cômodo, e pressentisse nele o escudo contra os perigos ainda nebulosos da vida no internato e na capital, e, porque nebulosos, maiores eram os perigos, era um amigo mais agradável e com quem me entendia melhor; era ainda como se eu vagamente considerasse .

Tema: Amizade

Os personagens do conto acima eram amigos , como irmãos. Pelo fato de Joel se Mais velho era considerado como um protetor,para seu amigo era um exemplo. A amizade dos dois era muito forte , podemos perceber durante a ida para o cinema , passaram pela confeitaria e viram o anuncio do sorvete de abacaxi , Joel nem deu importância,queria mesmo ir ao cinema, pois foi isso que foram fazer na cidade , no cinema não conseguiam parar de pensar no sorvete , Joel como bom amigo voltou para tomar o tal sorvete, pensando em seu amigo. Quando experimetaram odiaram , mais Joel tomou ate o fim , pois era uma questão de honra , como bom amigo dava lições de moral, ensinando para seu amigo que que aquilo que nos é penoso fazer, por iniciativa própria, mas sabemos necessário, se torna fácil de executar quando um poder estranho no-lo determina.

Aline Fernanda e Karine Ribeiro

A doida



Análise: O conto A Doida de Carlos Drummond de Andrade narra o comportamento de um grupo de meninos, que repetem há gerações o ato de atirar pedras na casa de uma estranha senhora. Incomodada, ela abre a janela e os cobre de xingamentos. A cena se repete por longo tempo, até que um dia depois de mais uma ofensiva a mulher não aparece. Assustado, um dos meninos resolve entrar na casa e desvendar o mistério, no entanto para sua surpresa, a casa está silenciosa e em um dos quartos o que vê é uma frágil senhora que agoniza. O menino comovido
resolve fazer companhia para mulher em seus últimos minutos de vida.
Sua loucura é baseada numa forma de castigo de Deus, por ela, supostamente,ter matado o pai ou brigado com o marido. A cia da Doida é tida como forma de castigo para muitas crianças. Mas como a história é contada pelos olhos da comunidade em que a Doida mora, não sabemos ao certo se ela possui ou não loucura.
A louca parece ter duas facetas na história,primeiro com o perfil de Louca mesmo,com os cabelos despenteados e xingamentos. Este comportamento,possivelmente, causou seu distanciamento da sociedade e com alguns boatos a seu respeito, o perfil de louca foi construído.
Ao longo do conto nos perguntamos se a Senhora é louca mesmo ou se está visão é dada pela opinião da comunidade em que ela mora, trechos como "Não explicavam bem quais era esses benefícios,ou explicavam demais" e "Simplesmente era uma velha, jogada no catre preto de solteiro, atrás da barricada de movéis .E que pequenininha! O corpo sob a coberta formava uma elevação minúscula. Miúda,escura, desse sujo que o tempo deposita na pele, manchando-a. E parecia ter medo." Nos dão essa ideia, além da visão do menino de quando ele chega mais perto da senhora,ele ve um outro tipo de pessoa que não conhecia.
Drummond nos trás um tema atual :a loucura. Ela não é muito explicada e nem entendida pelas pessoas. Na maioria das vezes é motivada pelo medo e piedade, o que gera um certo preconceito. A loucura é retratada em músicas, poemas de amor e até para explicar o comportamento de certas pessoas, mas na sociedade real o que mais se ve é o desconforto de estar na companhia de um doido. As pessoas tem medo do louco. Tem medo do que ele pode fazer, mas principalmente tem medo porque não sabem o que é a loucura e usam disso para justificar atos, um exemplo é como as mães desses garotos pensavam: "diziam que era horroroso, poucos pecados seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoados. "Os garotos agem da forma como os pais fizeram com a mesma Doida, ou seja, suas atitudes são apenas reflexos do que viram e conheceram.
É visto que o ato de apedrejar a casa da Senhora nada mais é um desconhecimento do que é a loucura e um pré- julgamento das atitudes humanas.

O QUE É LOUCURA - "De médico e louco todo mundo tem um pouco"

A loucura ou psicose é quando a se perde ou diminui de forma importante o contato com a realidade, ou seja os conteúdos da mente prevalecem sobre a capacidade de incorporar a realidade. As principais características de uma pessoa "louca" são as alterações de pensamento (delírios), de percepção (alucinações auditivas e visuais), afetivas (ansiedade exagerada, embotamento afetivo etc) e manias.

PRECONCEITO - "Ouvi falar loucura vem de berço"

O estigma de "louco" retira da pessoa o direito à fala, pois como ele não tem controle sobre a sua mente, aquilo que ele diz é desconsiderado. O preconceito tem como uma de suas principais características o fato de que ele retira do outro o direito de falar por si. Nesse sentido, o louco é um paradigma do preconceito. A sua fala não faz sentido algum. É preciso que outros falem dele e por ele. De certa forma, ele parece fora do domínio do humano; está mais próximo do domínio da natureza."
Há uma crença geral de que essas pessoas não têm responsabilidade,um temor de que elas possam ter uma crise de repente e machucar ou até mesmo matar outras pessoas.
E, de uma certa forma, a figura do louco está muito presente no imaginário social, de forma que todos temem a loucura que está dentro de si. Há um medo geral, que também se traduz em preconceito. No Brasil, existem 23 milhões de pessoas (12% da população) que necessitam de algum atendimento em saúde mental. Dentre esses, pelo menos 5 milhões (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.
A loucura pode ser hereditária e/ou desencadeada. São varios fatores. Pais ou pessoas mais próximas que possuem loucura a tendem a deixar descendentes com a doença. Outras causas secundárias seria a da pessoa ser usuário de drogas fortes, como a cocaina e LSD. Pressão de trabalho, stress e amor mal correspondido podem desencadear a doença.A loucura não é contagiosa, não impossibilita ninguém de trabalhar e de ter uma vida normal, pois existe cura e tratamento.

As imagens usadas: A primeira é uma foto da banda de rock Green Day, em uma sessão para o videoclipe da música Basket Case,uma das mais famosas da banda e que lhes deu a entrada na fama.A música e o video em si falam sobre a loucura.Repare que os integrantes estão usando uma camisa de força,fazendo um olhar estranho e com uma fita na boca, ou seja, querendo reforçar a ideia de que os loucos não tem voz controle de si.
A segunda é de uma mulher da maneira como a sociedade imagina os loucos: cabelos desarumados, olhar de raiva e numa camisa de força.

Camila Fátima e Roberta Lima

Presépio


Presépio da paixão

RESUMO:
Dasdores era jovem e a ela eram impostas várias tarefas em casa. Segundo seus pais uma moça deve estar sempre ocupada para não formar pensamentos 'confusos e perigosos’. Mas as obrigações não impediam Dasdores de pensar em Abelardo, seu namorado.
Era véspera de natal e Dasdores precisava montar o presépio, mas estava confusa pois para terminá-lo gastaria muito tempo e isso comprometeria a sua ida a missa do galo, onde encontraria seu namorado. Ela não poderia perder a oportunidade de vê-lo, pois encontrava com ele em poucos momentos - como festas, missas e visitas a parentes - .
Dasdores se apressou na montagem do presépio, mas fora interrompida varias vezes pelos seus irmãos e visitas de amigas. O tempo passava muito rápido e ela lutava contra o relógio para montar o presépio e conseguir ir à missa, sempre pensando em Abelardo.

ANÁLISE:
Nesse conto há presença de elementos como: paixão, dúvida, agonia e ansiedade. Paixão que Dasdores sentia por Abelardo, dúvida se iria ou não conseguir montar o presépio, agonia de ver o tempo passando, e ansiedade de ver o amado.
Como estava completamente apaixonada, Dasdores pensava em Abelardo a todo instante, com isso não conseguia pensar em outras coisas, até montar o presépio que era algo que ela fazia com muito prazer, deixou de ser prazeroso quando se tornou um empecilho no encontro do casal.
A paixão dominou Dasdores, ela em nenhum momento pensou em ir à missa para rezar, e sim para ver seu Abelardo.

PERSONAGENS:
A personagem principal é Dasdores, sofre um dilema no conto entre arrumar o presépio e encontrar o namorado. E Aberlardo, o namorado de Dasdores.


Deborah Assis e Isabela Marra

Câmera e cadeia


Políticos e Seus Interesses

Resumo: Na Câmara Municipal os vereadores estavam discutindo problemas sociais da cidade, mas Valdemar era o único realmente preocupado com os problemas. Embaixo da câmara ficava a cadeia, e em meio a pensamentos da sua infância, ele escutou um barulho que era de um preso que havia fugido do andar subterrâneo, e que adentra a câmara. Com medo, os outros homens gritavam, mas Valdemar começou a conversar com o preso, e ficou sabendo de como os presos eram tratados na cadeia (um tratamento marcado pela desumanidade). Depois dessa conversa, Valdemar queria prende-lo de novo, só que o preso fugiu, e Valdemar deixou o problema com os policiais que já o perdiam de vista...

Personagens: Valdemar: Único político preocupado com os problemas sociais
João Batista:Lutava contra o comércio
Major Ponciano e Coronel Lindolfo:"Autoridades" que não fazem nada
Preso: De camisa,calça de pano riscado,barba por fazer,olhos brilhantes, revoltado devido ao tratamento que recebia na cadeia.

Comentário - No conto “Câmara e cadeia”, Carlos Drummond mostra a falta de interesse dos políticos diante dos problemas sociais. Na história, Valdemar era o único político que trabalhava, e defendia realmente os interesses do “povo” e não os da elite, enquanto a maioria dos políticos defendem,ou fazem leis, para beneficiar seus interesses pessoais, não pensando na classe menos privilegiada (que consiste a maioria da população). Há um trecho no livro que mostra esse descontentamento do narrador diante dos políticos: “Então o povo elegia novo representantes, e desses nove somente cinco se dispunham a comparecer às sessões? E desses cinco apenas dois discutiam os problemas do povo? E desse dois, um só um – ele, que vivia cheio de serviço, defendia realmente os interesses de comunidade, e não os de classe?”(2010,pag. 52) Após esse desabafo, Valdemar conversa com um preso (após ele ter fugido para a Câmara), e o preso diz a Valdemar como ele é tratado na cadeia:era pisoteado, recebia refeições nojentas,sentiam muito calor,eram tratados como animais. O preso até questiona Valdemar se ele agüentaria viver em um lugar desses: “Já pensou em viver dez, 20 anos numa sala, sempre com as mesmas pessoas? Desculpe a confiança, mas mesmo sendo com sua família o senhor suportava?” (2010 pag.56) Após essa conversa, podemos concluir que o contraste social é muito maior do que imaginamos, e no conto o contraste social entre a câmara e cadeia, onde a câmara representa a parte rica (minoria) e a cadeia a miserável (maioria), é uma forma de representar a realidade que nós vivemos. Uma sociedade onde muitos vivem na pobreza miserável e poucos têm tanta riqueza. No conto fica claro que os políticos não se importam com os problemas sociais, virando as costas e passando o problema pra “frente”, diferentemente de Valdemar que tentava fazer algo para resolver. No final do conto mostra que o Valdemar se solidariza pelo preso, (“-Vamos sentar um pouco - disse Valdemar, aproximando-se e batendo de leve no ombro do preso”) mas quando olha a cadeia era tão repugnante...A decisão tomada pelo Valdemar diante do preso, foi de tentar persegui-lo (num gesto mais formal do que instintivo) mas a sua simpatia pelo preso,fez com deixasse ele fugir, deixando esse problema para os policiais.

Imagem: A imagem mostra o contraste social, de um lado mostra a pobreza (maioria) e de outro a riqueza (minoria).

Lucas Tadeu e Rafael Luiz

Beira-rio

Análise: O conto de Carlos Drummond de Andrade “Beira Rio” apresenta uma historia de terras separadas pelo rio. Essas terras são lideradas pelo Capitão Borges onde explorava os seus trabalhadores e os proibia de qualquer bebida alcoólica, até aparecer um homem negro que era conhecido como Simplício da Costa que vendia bebidas escondido, perto do rio. Logo depois, Borges ficou desconfiado onde ocorreu conflito em relação ao Simplício da Costa.
O conto da ênfase as vidas dos trabalhadores, que é dura, pesada e sofrida. Os trabalhadores não têm a remuneração necessária, não existe hora determinada para acabar o serviço do dia, sem condições básicas como a segurança, vivem cansados e tristes. No conto há uma presença da exploração trabalhista, onde o trabalhador vira “escravo” de seu próprio chefe, o seu trabalho mesmo sendo remunerado é necessário a compra de comida para sua própria sobrevivência e o único lugar para comprar é no mercadinho da cidade, que o dono é o seu próprio chefe. Como a remuneração é pequena, o trabalhador não tem o dinheiro suficiente para comprar as coisas básicas, fazendo assim dividas e mais dividas com o seu chefe. Para pagar todas essas dividas é necessário trabalhar, mas esse trabalho não tem a remuneração necessária. O trabalhador então aceita as ordens de seu chefe, capitão ou donos de terras, virando um escravo.
Para esquecer-se de tudo, dessa vida dura e sofrida, alguns trabalhadores começam a beber muito. É uma forma de fugir, esquecer a realidade, apagar os problemas, entrando na parte emocional abalada de cada trabalhador. Ao beber, relaxam e aquele bem estar momentâneo trás a felicidade buscada por todas as pessoas.

Viviane Moller e Marina Naves

Meu companheiro



Análise: O homem na estrada pagou mais que o necessário por um cachorrinho, não passava de um vira-lata, mas o que atraiu o homem foi o olhar do cãozinho. Levou-o pra casa e já lhe dera o nome de pirulito para evitar confusões. A mulher não era muito chegada a animais de estimação, gostava do bichinho, mas não se aproximava. Ao filho mais novo foi dado o título de dono, porém pirulito, em homenagem a música "pirulito que bate-bate", sempre cantada na casa da vizinha e, porque o rabinho do cachorro fazia assim. Gostava mesmo era do homem e ele do cachorrinho. Os dois eram companheiros e se punham a conversar, os meninos até implicavam, pois o cachorro gostava de gente “velha”. Então certo dia o cachorro desapareceu, o homem até pensou ter sido ação da esposa, mas logo desconsiderou, só sabia que o amigo tinha ido embora como muitas pessoas fazem.

Motinha – que conta a historia, Comprador do cachorro ( Pirulito )
Margarida – Esposa de Motinha, Não gostava de animais.
Juquinha – O filho mais novo, conta tudo o que o cachorro fazia de especial.

O tema central do conto é proximidade do animal de estimação com o ser humano. Essa mesma abordagem encontra-se também em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, romance no qual nota-se uma relação íntima e de cumplicidade entre Baleia e Fabiano. Motinha conversava com pirulito com se ele fosse gente. No entanto, no conto de Drummond, a personagem é apresentada de forma excepcional, não tem os atributos humanos que tem Baleia. O narrador acha que o sumiço do cachorro está ligado ao fato da sua mulher não gostar de animais e tê-lo envenenado. Porém termina o conto mostrando que acha que não foi ela, termina o conto assim:
“Aqui me vem uma suspeita miserável, que eu repilo... Margarida - tão boa tão afetuosa - não gostava de animais, por causa dos meninos, segundo dizia. Ciúme de mim nunca teve. Seria possível?... Não. Muitas pessoas também somem de repente, sem a menos explicação, e nunca se sabe.”

Pedro do Amaral Velloso