quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A salvação da Alma

Análise:

A Salvação da Alma de Carlos Drummond de Andrade é um conto simples e que mostra uma situação comum na vida de muitas famílias, que é a briga entre irmãos, que se amam muito, mas que frequentemente estão se atracando, muitas vezes por motivos bobos. Os irmãos Novais são mais uns desses que são muito unidos, apesar das brigas compartilham de momentos marcantes em família, o irmão mais velho, Miguel, apesar de distante é bem lembrado, os irmãos entendem a sua ausência, sabem que é para aprender e que isso será bom pra ele futuramente, Édison é um pouco neutro na história. Ester a irmã do meio acompanhava sempre os irmãos e era a pupila do pai, que dava dinheiro a ela para comprar tudo que os irmãos lhe ofereciam, os mais novos Tito e Augusto estão envolvidos na "salvação da alma" que é mais uma das promessas de dois meninos e como sempre passa rápido e voltam a agir com antes.

Izabella Pires

O Sorvete


Resumo:
Joel e seu colega moravam em uma pequena cidade, onde o único lugar que havia diversão era o cinema.Em um domingo ele e seu amigo,estavam a caminho da cidade para ver o filme ,quando passaram enfrente a uma confeitaria e avistaram a novidade,um novo sorvete com sabor de abacaxi.Joel com água na boca queria muito experimentar,mas não foi isso que eles foram na cidade e continuaram o caminho para o cinema ,chegando lá não conseguiam parar de pensar no sorvete , e voltaram para experimentar essa “delicia”.Ao provarem,odiaram mais para o amigo de Joel era uma questão de honra terminar aquele sorvete,era um orgulho de familia dado desde quando estavam no berço ,devemos fazer aquilo nos é necessário por iniciativa própria.Tomando assim todo sorvete,o garçom se aproximara,Joel pos a mão no bolso e o dinheiro não deu para pagar aquele horrível sorvete.


Personagem:
Joel tinha treze anos , era meu comandante , e exercia o comando na cidade, onde crescemos amigos inseparáveis .

Joel um protetor, um guia cômodo, e pressentisse nele o escudo contra os perigos ainda nebulosos da vida no internato e na capital, e, porque nebulosos, maiores eram os perigos, era um amigo mais agradável e com quem me entendia melhor; era ainda como se eu vagamente considerasse .

Tema: Amizade

Os personagens do conto acima eram amigos , como irmãos. Pelo fato de Joel se Mais velho era considerado como um protetor,para seu amigo era um exemplo. A amizade dos dois era muito forte , podemos perceber durante a ida para o cinema , passaram pela confeitaria e viram o anuncio do sorvete de abacaxi , Joel nem deu importância,queria mesmo ir ao cinema, pois foi isso que foram fazer na cidade , no cinema não conseguiam parar de pensar no sorvete , Joel como bom amigo voltou para tomar o tal sorvete, pensando em seu amigo. Quando experimetaram odiaram , mais Joel tomou ate o fim , pois era uma questão de honra , como bom amigo dava lições de moral, ensinando para seu amigo que que aquilo que nos é penoso fazer, por iniciativa própria, mas sabemos necessário, se torna fácil de executar quando um poder estranho no-lo determina.

Aline Fernanda e Karine Ribeiro

A doida



Análise: O conto A Doida de Carlos Drummond de Andrade narra o comportamento de um grupo de meninos, que repetem há gerações o ato de atirar pedras na casa de uma estranha senhora. Incomodada, ela abre a janela e os cobre de xingamentos. A cena se repete por longo tempo, até que um dia depois de mais uma ofensiva a mulher não aparece. Assustado, um dos meninos resolve entrar na casa e desvendar o mistério, no entanto para sua surpresa, a casa está silenciosa e em um dos quartos o que vê é uma frágil senhora que agoniza. O menino comovido
resolve fazer companhia para mulher em seus últimos minutos de vida.
Sua loucura é baseada numa forma de castigo de Deus, por ela, supostamente,ter matado o pai ou brigado com o marido. A cia da Doida é tida como forma de castigo para muitas crianças. Mas como a história é contada pelos olhos da comunidade em que a Doida mora, não sabemos ao certo se ela possui ou não loucura.
A louca parece ter duas facetas na história,primeiro com o perfil de Louca mesmo,com os cabelos despenteados e xingamentos. Este comportamento,possivelmente, causou seu distanciamento da sociedade e com alguns boatos a seu respeito, o perfil de louca foi construído.
Ao longo do conto nos perguntamos se a Senhora é louca mesmo ou se está visão é dada pela opinião da comunidade em que ela mora, trechos como "Não explicavam bem quais era esses benefícios,ou explicavam demais" e "Simplesmente era uma velha, jogada no catre preto de solteiro, atrás da barricada de movéis .E que pequenininha! O corpo sob a coberta formava uma elevação minúscula. Miúda,escura, desse sujo que o tempo deposita na pele, manchando-a. E parecia ter medo." Nos dão essa ideia, além da visão do menino de quando ele chega mais perto da senhora,ele ve um outro tipo de pessoa que não conhecia.
Drummond nos trás um tema atual :a loucura. Ela não é muito explicada e nem entendida pelas pessoas. Na maioria das vezes é motivada pelo medo e piedade, o que gera um certo preconceito. A loucura é retratada em músicas, poemas de amor e até para explicar o comportamento de certas pessoas, mas na sociedade real o que mais se ve é o desconforto de estar na companhia de um doido. As pessoas tem medo do louco. Tem medo do que ele pode fazer, mas principalmente tem medo porque não sabem o que é a loucura e usam disso para justificar atos, um exemplo é como as mães desses garotos pensavam: "diziam que era horroroso, poucos pecados seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoados. "Os garotos agem da forma como os pais fizeram com a mesma Doida, ou seja, suas atitudes são apenas reflexos do que viram e conheceram.
É visto que o ato de apedrejar a casa da Senhora nada mais é um desconhecimento do que é a loucura e um pré- julgamento das atitudes humanas.

O QUE É LOUCURA - "De médico e louco todo mundo tem um pouco"

A loucura ou psicose é quando a se perde ou diminui de forma importante o contato com a realidade, ou seja os conteúdos da mente prevalecem sobre a capacidade de incorporar a realidade. As principais características de uma pessoa "louca" são as alterações de pensamento (delírios), de percepção (alucinações auditivas e visuais), afetivas (ansiedade exagerada, embotamento afetivo etc) e manias.

PRECONCEITO - "Ouvi falar loucura vem de berço"

O estigma de "louco" retira da pessoa o direito à fala, pois como ele não tem controle sobre a sua mente, aquilo que ele diz é desconsiderado. O preconceito tem como uma de suas principais características o fato de que ele retira do outro o direito de falar por si. Nesse sentido, o louco é um paradigma do preconceito. A sua fala não faz sentido algum. É preciso que outros falem dele e por ele. De certa forma, ele parece fora do domínio do humano; está mais próximo do domínio da natureza."
Há uma crença geral de que essas pessoas não têm responsabilidade,um temor de que elas possam ter uma crise de repente e machucar ou até mesmo matar outras pessoas.
E, de uma certa forma, a figura do louco está muito presente no imaginário social, de forma que todos temem a loucura que está dentro de si. Há um medo geral, que também se traduz em preconceito. No Brasil, existem 23 milhões de pessoas (12% da população) que necessitam de algum atendimento em saúde mental. Dentre esses, pelo menos 5 milhões (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.
A loucura pode ser hereditária e/ou desencadeada. São varios fatores. Pais ou pessoas mais próximas que possuem loucura a tendem a deixar descendentes com a doença. Outras causas secundárias seria a da pessoa ser usuário de drogas fortes, como a cocaina e LSD. Pressão de trabalho, stress e amor mal correspondido podem desencadear a doença.A loucura não é contagiosa, não impossibilita ninguém de trabalhar e de ter uma vida normal, pois existe cura e tratamento.

As imagens usadas: A primeira é uma foto da banda de rock Green Day, em uma sessão para o videoclipe da música Basket Case,uma das mais famosas da banda e que lhes deu a entrada na fama.A música e o video em si falam sobre a loucura.Repare que os integrantes estão usando uma camisa de força,fazendo um olhar estranho e com uma fita na boca, ou seja, querendo reforçar a ideia de que os loucos não tem voz controle de si.
A segunda é de uma mulher da maneira como a sociedade imagina os loucos: cabelos desarumados, olhar de raiva e numa camisa de força.

Camila Fátima e Roberta Lima

Presépio


Presépio da paixão

RESUMO:
Dasdores era jovem e a ela eram impostas várias tarefas em casa. Segundo seus pais uma moça deve estar sempre ocupada para não formar pensamentos 'confusos e perigosos’. Mas as obrigações não impediam Dasdores de pensar em Abelardo, seu namorado.
Era véspera de natal e Dasdores precisava montar o presépio, mas estava confusa pois para terminá-lo gastaria muito tempo e isso comprometeria a sua ida a missa do galo, onde encontraria seu namorado. Ela não poderia perder a oportunidade de vê-lo, pois encontrava com ele em poucos momentos - como festas, missas e visitas a parentes - .
Dasdores se apressou na montagem do presépio, mas fora interrompida varias vezes pelos seus irmãos e visitas de amigas. O tempo passava muito rápido e ela lutava contra o relógio para montar o presépio e conseguir ir à missa, sempre pensando em Abelardo.

ANÁLISE:
Nesse conto há presença de elementos como: paixão, dúvida, agonia e ansiedade. Paixão que Dasdores sentia por Abelardo, dúvida se iria ou não conseguir montar o presépio, agonia de ver o tempo passando, e ansiedade de ver o amado.
Como estava completamente apaixonada, Dasdores pensava em Abelardo a todo instante, com isso não conseguia pensar em outras coisas, até montar o presépio que era algo que ela fazia com muito prazer, deixou de ser prazeroso quando se tornou um empecilho no encontro do casal.
A paixão dominou Dasdores, ela em nenhum momento pensou em ir à missa para rezar, e sim para ver seu Abelardo.

PERSONAGENS:
A personagem principal é Dasdores, sofre um dilema no conto entre arrumar o presépio e encontrar o namorado. E Aberlardo, o namorado de Dasdores.


Deborah Assis e Isabela Marra

Câmera e cadeia


Políticos e Seus Interesses

Resumo: Na Câmara Municipal os vereadores estavam discutindo problemas sociais da cidade, mas Valdemar era o único realmente preocupado com os problemas. Embaixo da câmara ficava a cadeia, e em meio a pensamentos da sua infância, ele escutou um barulho que era de um preso que havia fugido do andar subterrâneo, e que adentra a câmara. Com medo, os outros homens gritavam, mas Valdemar começou a conversar com o preso, e ficou sabendo de como os presos eram tratados na cadeia (um tratamento marcado pela desumanidade). Depois dessa conversa, Valdemar queria prende-lo de novo, só que o preso fugiu, e Valdemar deixou o problema com os policiais que já o perdiam de vista...

Personagens: Valdemar: Único político preocupado com os problemas sociais
João Batista:Lutava contra o comércio
Major Ponciano e Coronel Lindolfo:"Autoridades" que não fazem nada
Preso: De camisa,calça de pano riscado,barba por fazer,olhos brilhantes, revoltado devido ao tratamento que recebia na cadeia.

Comentário - No conto “Câmara e cadeia”, Carlos Drummond mostra a falta de interesse dos políticos diante dos problemas sociais. Na história, Valdemar era o único político que trabalhava, e defendia realmente os interesses do “povo” e não os da elite, enquanto a maioria dos políticos defendem,ou fazem leis, para beneficiar seus interesses pessoais, não pensando na classe menos privilegiada (que consiste a maioria da população). Há um trecho no livro que mostra esse descontentamento do narrador diante dos políticos: “Então o povo elegia novo representantes, e desses nove somente cinco se dispunham a comparecer às sessões? E desses cinco apenas dois discutiam os problemas do povo? E desse dois, um só um – ele, que vivia cheio de serviço, defendia realmente os interesses de comunidade, e não os de classe?”(2010,pag. 52) Após esse desabafo, Valdemar conversa com um preso (após ele ter fugido para a Câmara), e o preso diz a Valdemar como ele é tratado na cadeia:era pisoteado, recebia refeições nojentas,sentiam muito calor,eram tratados como animais. O preso até questiona Valdemar se ele agüentaria viver em um lugar desses: “Já pensou em viver dez, 20 anos numa sala, sempre com as mesmas pessoas? Desculpe a confiança, mas mesmo sendo com sua família o senhor suportava?” (2010 pag.56) Após essa conversa, podemos concluir que o contraste social é muito maior do que imaginamos, e no conto o contraste social entre a câmara e cadeia, onde a câmara representa a parte rica (minoria) e a cadeia a miserável (maioria), é uma forma de representar a realidade que nós vivemos. Uma sociedade onde muitos vivem na pobreza miserável e poucos têm tanta riqueza. No conto fica claro que os políticos não se importam com os problemas sociais, virando as costas e passando o problema pra “frente”, diferentemente de Valdemar que tentava fazer algo para resolver. No final do conto mostra que o Valdemar se solidariza pelo preso, (“-Vamos sentar um pouco - disse Valdemar, aproximando-se e batendo de leve no ombro do preso”) mas quando olha a cadeia era tão repugnante...A decisão tomada pelo Valdemar diante do preso, foi de tentar persegui-lo (num gesto mais formal do que instintivo) mas a sua simpatia pelo preso,fez com deixasse ele fugir, deixando esse problema para os policiais.

Imagem: A imagem mostra o contraste social, de um lado mostra a pobreza (maioria) e de outro a riqueza (minoria).

Lucas Tadeu e Rafael Luiz

Beira-rio

Análise: O conto de Carlos Drummond de Andrade “Beira Rio” apresenta uma historia de terras separadas pelo rio. Essas terras são lideradas pelo Capitão Borges onde explorava os seus trabalhadores e os proibia de qualquer bebida alcoólica, até aparecer um homem negro que era conhecido como Simplício da Costa que vendia bebidas escondido, perto do rio. Logo depois, Borges ficou desconfiado onde ocorreu conflito em relação ao Simplício da Costa.
O conto da ênfase as vidas dos trabalhadores, que é dura, pesada e sofrida. Os trabalhadores não têm a remuneração necessária, não existe hora determinada para acabar o serviço do dia, sem condições básicas como a segurança, vivem cansados e tristes. No conto há uma presença da exploração trabalhista, onde o trabalhador vira “escravo” de seu próprio chefe, o seu trabalho mesmo sendo remunerado é necessário a compra de comida para sua própria sobrevivência e o único lugar para comprar é no mercadinho da cidade, que o dono é o seu próprio chefe. Como a remuneração é pequena, o trabalhador não tem o dinheiro suficiente para comprar as coisas básicas, fazendo assim dividas e mais dividas com o seu chefe. Para pagar todas essas dividas é necessário trabalhar, mas esse trabalho não tem a remuneração necessária. O trabalhador então aceita as ordens de seu chefe, capitão ou donos de terras, virando um escravo.
Para esquecer-se de tudo, dessa vida dura e sofrida, alguns trabalhadores começam a beber muito. É uma forma de fugir, esquecer a realidade, apagar os problemas, entrando na parte emocional abalada de cada trabalhador. Ao beber, relaxam e aquele bem estar momentâneo trás a felicidade buscada por todas as pessoas.

Viviane Moller e Marina Naves

Meu companheiro



Análise: O homem na estrada pagou mais que o necessário por um cachorrinho, não passava de um vira-lata, mas o que atraiu o homem foi o olhar do cãozinho. Levou-o pra casa e já lhe dera o nome de pirulito para evitar confusões. A mulher não era muito chegada a animais de estimação, gostava do bichinho, mas não se aproximava. Ao filho mais novo foi dado o título de dono, porém pirulito, em homenagem a música "pirulito que bate-bate", sempre cantada na casa da vizinha e, porque o rabinho do cachorro fazia assim. Gostava mesmo era do homem e ele do cachorrinho. Os dois eram companheiros e se punham a conversar, os meninos até implicavam, pois o cachorro gostava de gente “velha”. Então certo dia o cachorro desapareceu, o homem até pensou ter sido ação da esposa, mas logo desconsiderou, só sabia que o amigo tinha ido embora como muitas pessoas fazem.

Motinha – que conta a historia, Comprador do cachorro ( Pirulito )
Margarida – Esposa de Motinha, Não gostava de animais.
Juquinha – O filho mais novo, conta tudo o que o cachorro fazia de especial.

O tema central do conto é proximidade do animal de estimação com o ser humano. Essa mesma abordagem encontra-se também em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, romance no qual nota-se uma relação íntima e de cumplicidade entre Baleia e Fabiano. Motinha conversava com pirulito com se ele fosse gente. No entanto, no conto de Drummond, a personagem é apresentada de forma excepcional, não tem os atributos humanos que tem Baleia. O narrador acha que o sumiço do cachorro está ligado ao fato da sua mulher não gostar de animais e tê-lo envenenado. Porém termina o conto mostrando que acha que não foi ela, termina o conto assim:
“Aqui me vem uma suspeita miserável, que eu repilo... Margarida - tão boa tão afetuosa - não gostava de animais, por causa dos meninos, segundo dizia. Ciúme de mim nunca teve. Seria possível?... Não. Muitas pessoas também somem de repente, sem a menos explicação, e nunca se sabe.”

Pedro do Amaral Velloso

Flor, telefone, moça




A Flor Da Morte

Análise: O conto em questão fala da história de uma moça que costumava caminhar pelo cemitério, tinha costumes estranhos, pois mesmo morando “perto” da praia sempre estava andando pelo cemitério. Um dia ela estava andando como de costume quando arrancou uma flor de uma “cova” e a jogou fora nem lembrara onde. Após esse fato, começou a receber ligações de um desconhecido (A “VOZ”) que suplicava e implorava a flor de volta.
Da história participam A moça que era bem distraída e tinha o costume de caminhar pelo cemitério e sua família (pai, mãe e irmão) que se mostraram solidários ao ajudá-la, mas sem sucesso, Também faz parte do conto a “voz” do telefone que representa o espírito do homem que tinha morrido, e que estava enterrado na "cova" de onde ela tirou a flor.
O Tema central do conto “flor, telefone, moça” é a relação da vida e a morte. A personagem principal é perseguida por um telefone em que a “voz” não identificada a persegue em busca da sua flor que diz que foi arrancada pela jovem. A “voz” exige a mesma flor não aceitando outra que a mãe da moça teria depositado, pois para “ele” aquela flor era muito importante, tinha nascido na sua sepultura à única coisa que ele tinha depois de ter se acabado, não poderia ser substituída, representava a sua vida ali. O conto baseia-se nisso até a personagem morrer por não agüentar mais aquilo, a “voz” nunca mais ligou, pois seria como se a alma da moça tivesse suprido a falta da flor. Um tema interessante, pois deixa um ar de surpresa, e de suspense, pelo fato de ser um conto “sobrenatural” que envolve fatores que não são provados e de difícil entendimento, ao qual não se tem uma explicação lógica para os fatos.

Gabriel Aurélio e Hugo Ignácio

A baronesa

Resumo:
A história se passa em Ipanema, e conta sobre a morte da Baronesa Clementina, que vivia na casa do senador desde o falecimento do seu marido. Ela era dona de muitas posses, de muitas jóias, tinha caixas de madrepérola onde guardava fitas e broches de antigamente.
Em um dia, seu sobrinho neto Luis, foi avisado pelo senador que Dona Clementina, havia morrido e logo tratou de avisar para Renato do fato ocorrido.
Eles fizeram de tudo para serem os primeiros a chegar à casa de sua tia avó, mas não era para ver o corpo, mas sim para pegarem as jóias que ela possuía, antes dos outros familiares, que também eram interessados.
Renato aproxima-se da cama, pois queria analisar objetivamente aquela massa inerte, mas divide-se entre sentimento e análise, afinal era sua tia-avó. Mas o aparente carinho que ele demonstrava ter, se tornou na vontade de pegar as jóias que ainda restavam.
A cabeça da Baronesa estava um pouco erguida sobre o travesseiro, apenas as mãos esticadas, “não havia sangue, só ossos, não havia carne, só ossos, um maço de ossos por cima do sommier azul-celeste”.
Enfim, Renato pega os brincos, e vai para o banheiro fazer a partilha com Luis. Assim acabou o Segundo Reinado.

Personagens:
Os principais personagens eram a Baronesa Clementina, uma pessoa de muitas posses e jóias, Luiz era hóspede da casa que ela morava e seu sobrinho neto, e Renato também era sobrinho neto e estavam interessados nas jóias.

Análise:
Nesse conto podemos perceber que após a morte de Baronesa Clementina, seus familiares estavam interessados somente nas riquezas que ela poderia ter deixado. O sentimento de tristeza, de carinho que eles tinham que ter, acabou se transformando na vontade de pegar as jóias.
A linguagem usada é coloquial com o emprego de algumas gírias da época “visp 'rou, bateu o 31, esticou”.
Praticamente em todo o texto é relatado a disputa, a ganância, o enteresse pelas jóias da morta Baronesa.

Isa Pantolfo e Marina Cançado

Nossa amiga


Resumo do conto: Uma criança, ainda bem pequena, morena, despenteada, quer entrar em casa. Seu vizinho ia também inventaram uma bruxinha: Catarina, que de tão mexedeira, deixou de ser uma menina lindinha e virou aquela bruxinha preta, horrorosa.E pepino bêbado e pegador de crianças será? Sei não, só sei que quando se está zangado ele desaparece.
E no final, sempre tem festa, se acontece ou não é detalhe bem mesmo é pensar nela.e o adulto, coitado, não tem imaginação ficou grande demais para brincar e sonhar.

Análise:
o texto está na 3° pessoa com diálogos entre duas crianças. O conto relata o cotidiano de uma menina de três anos que vive entre 2 casas, seu vizinho pergunta de qual casa ela mais gosta, ela gosta da outra mas também gosta das que está por causa do amigo.

tem a presença de lirismo nos diálogos com seu vizinho, lirismo se entende por um sentimento forte no conto podemos identificar o lirismo nesse trecho ‘’ Para tomar banho e trocar de vestido, é necessário que se anuncie sempre uma festa, jamais localizada ou realizada, mas que opera interiormente sua fascinação’’.
O papel de Catarina e pepino também são importantes pois são personagens da imaginação da personagem que o autor enfatiza que apenas as crianças tem o poder de sonhar e imaginar que os adultos não tem então são personagens para demostrar o poder de criar das crianças.O conto termina com a menina brincando com a mãe e um filho imaginário e na ultima frase do conto o filho se torna invisível.

Raquel Gomes

Miguel e seu furto

Resumo: O conto “Miguel e seu furto!”, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em Contos de aprendiz, dialoga com a 2ª fase da produção modernista por apresentar abordagens de fatores sociais como definidores do comportamento do protagonista. Nesse conto, narrado em 3ª pessoa, o narrador nos conta a historia de um menino pobre e humilde que vivia as custas de um tio que sobrevivia através de contrabandos e de um irmão jogador. Depois de ler reportagens sobre roubos no jornal local, Miguel decide que irá fazer o mesmo, e opta por roubar o mar. Ele executa o plano e transforma o mar em um ponto turístico, passando a investir nele. Ao final, o mar é tomado novamente pelo povo e Miguel começa a colecionar conchinhas para ter lembranças da parte da sua vida que ficou marcada.

Personagens: Miguel - Personagem principal. Nasceu no meio de muita confusão, teve grande experiência de vida, seu rosto era radioso, ele era determinado, inteligente e tranqüilo.

Tio de Miguel -> Ficou rico com o contrabando e sustentava Miguel

Irmão de Miguel -> Jogador

Operários -> trabalhavam e ajudavam Miguel com o mar.

Análise: A temática do conto de Miguel é baseada na solidão do personagem que, mesmo sendo uma boa pessoa, buscou preencher esse vazio com uma riqueza, que ele conseguiu através do furto do mar, que era a única coisa que ainda não tinha sido roubada. Ele foi um menino que cresceu no meio de furtos do seu tio e viu o seu enriquecimento, com isso Miguel dizia: “nascemos proporcionais as nossas ações”, ou seja, Miguel viu seu tio enriquecer ilegalmente e cresceu vivendo essa realidade. Miguel por viver no meio de contrabandos, via furtos a todo o momento ao seu redor, com isso chegou a conclusão que só uma coisa não havia sido roubada ainda que fosse o mar, então Miguel faz tipo um Resort e aproveita das coisas da natureza para ganhar dinheiro. Esta atitude de Miguel é errada, pois já que as coisas são da natureza, as pessoas não tem direito de usá-las para ganhar dinheiro. Miguel aumentou as tarifas aduaneiras 25% para a remodelação do mar, prometeu novos peixes e perolas aos pescadores, dava trabalho a inúmeros operários nas obras de remodelação e os pegava com um salário radioso, que era o seu sorriso. Miguel ao usar essas coisas como um jeito de se enriquecer, não pensava nos outros, pois cobrava das pessoas para apreciar as benfeitorias da natureza e para os seus inúmeros operários contratados ele não os pagava., ou seja, pensava e queria cada vez mais as coisas só para ele. Ele conseguiu preencher esse vazio, mas por pouco tempo, pois depois ele perdeu o mar e só lhe restava boas lembranças que ele irá carregar em sua mente e com as conchas que ele juntou.

Augusto Alves e Lucas Vinício

Conversa de velho com criança

Uma rara relação

Análise: Contos de aprendiz relatam uma etapa da carreira de Drummond. Em se tradando dessa antologia a poesia pode se revelar em qualquer parte neste caso com contos delicados despretensiosos, mas fortes como no caso deste livro. Ao lado da contida mais intensa expressão de afeto e rejeição ao absurdo do mundo, passa um humor irônico, onde os homens mostram ou parecem ser o que não são. Definindo assim a 1ª fase do autor.
No conto “Conversa de velho com criança”, sabe-se que um homem observa o velho e a criança. A criança trazia um pacote de balas como se fosse algo precioso e o velho estava de pé no bonde segurando alguns pertences. No decorrer do percurso quando ele foi retirar a moeda, para pagar o bonde, essa lhe caiu das mãos indo parar na rua, ao pararem o bonde, para que o outro pudesse passar, eles aproveitaram para procurar a moeda, mas não a encontraram, por isso o velho não teve que pagar a passagem. A menina ofereceu bala ao velho com a intenção de poder comê-las também.
Nota-se que os dois se dão muito bem, ao fim da viagem o velho e a criança descem e o homem que estavam ao seu lado fica se perguntando se os dois são grandes amigos, apesar da diferença de idade, ou são apenas avô e neta muito amigos. Em relação aos personagens não são muito caracterizado sabe-se apenas que a criança chama-se Maria de Lourdes, e o velho Ferreira.
Tendo como tema a conversa ou a relação do velho com a menina, podemos perceber que convivem muito bem, o narrador personagem observa que há uma certa simplicidade na relação entre o velho e a criança, o carinho que ambos tem um com outro, e como o velho ajuda a criança, esses atos de sentimento são passados para o leitor de uma forma suave, detalhada de cada gesto, fazendo-o pensar se são avô e neta ou são apenas amigos. Essa relação nos dias de hoje é rara; os jovens de hoje não fazem caso nenhum dos mais velhos. Como em outros contos de Carlos Drummond de Andrade observamos sua característica Modernista, relatando a fase social e de memória do autor, pois remexe em lembranças da infância do poeta, passando muitas vezes a falsa impressão de um livro de memórias, parecem simples, por vezes quase ingênuas, contudo, permitem a
fantasia e estimulam o imaginário do leitor.

Érika Ramos e Isabela Souza

Extraordinária Conversa com a Senhora de Minhas Relações



Resumo:

O autor começa este conto descrevendo o ônibus como marca da modernidade e como as pessoas normalmente agem e se sentem dentro dele. No ônibus lotado e não convidativo, se surpreende com um não esperado sorriso de uma bela mulher, seguido de um “ Como vai ?! “ que desperta uma metralhadora de pensamentos na cabeça do narrador e ele acaba respondendo algo sem sentido. Mal se lembra ele das respostas dadas enquanto pensava em poemas e belas imagens que aquele sorriso o fez se recordar. A situação mal foi considerada um diálogo, mas para o narrador, foi a mais extraordinária conversa que já teve com alguma senhora.

Personagens:

O conto é constituído basicamente do narrador e sua senhora, o narrador descrito como o homem vulnerável ao encanto do surpreendente sorriso da senhora; e a senhora de maravilhoso vestido e sorriso encantador.

Análise:

O conto reflete a frieza das relações humanas na modernidade. Usando o exemplo do conto: um ônibus. As pessoas se fecham para conversas e quaisquer relações com quem está ao seu lado, é raro que esse tipo de barreira que as pessoas traçam entre elas e quem está por perto seja quebrada, e quando essa barreira é quebrada com um sorriso, por exemplo, (como no conto), a reação das pessoas é até de estranhamento. Um leque de motivos para que o contato tenha sido feito é imaginado, no caso, o narrador imaginou que a senhora já o conhecesse, mesmo que não se lembre de um contato anterior. A modernização do nosso mundo causou também a modernização das nossas relações, o simples ato de ser educado, atualmente gera todo um tumulto de pensamentos, prós e contras; e pensamos duas ou mais vezes antes de dar um sorriso ou uma palavra a alguém que não conhecemos intimamente.

Marianne Pedrosa e Larissa Gomes

Um Escritor Nasce e Morre


Análise.1:
Em “ Um escritor nasce e morre” o narrador-personagem morava em uma cidadezinha pequena e em uma aula de geografia a professora falava sobre países longes e citou o Pólo Norte, foi ali que o escritor nasceu, quando o menino começou a escrever. Depois disso, escreveu a viagem da sua cidadezinha ao Pólo Norte, a professora tomou o texto e o afirmou como um grande escritor.
Foi assim que ele cresceu e foi embora de sua cidade, escreveu contos e poesias, não gostava de se achar um escritor literato, embora alguns companheiros da época o considerassem, e fazia críticas aos outros. Ao fundo ouvia uma voz que lhe afirmava ser um artista nato.
De volta a sua cidade, sentiu um vazio tão grande que era como se não houvesse ninguém, como se aos poucos fosse se transformando num deserto. Então aos trinta anos morreu (quando parou de escrever).

Análise.2:
O conto faz uma estreita relação com a realidade, as situações vividas pela personagem principal, é comumente percebida na sociedade atual. O escritor pode até ser famoso na sua área e os que apreciam a arte sabem o reconhecer, entretanto quando se faz uma escolha aleatória na população, poucos serão os que vão o reconhecer e saber do que se trata. Situação vivida pelo narrador-personagem quando ele retorna para sua cidadezinha.
A Literatura é uma nova saída para conquistar o mundo, em virtude disso, o personagem passa a escrever sobre o que não viveu, sobre o que vive e o que anseia viver. Essa necessidade de estar sempre criando é o que move o ser humano e o motiva a estar sempre buscando alcançar novos objetivos.
Essa expressão da criatividade pode ser muito bem aproveitada na Literatura, levando-o a diversos lugares, gostos e sensações, sem sair do lugar, apenas com um lápis na mão e um papel sobre a mesa.
Guardada, tímida e pouco apreciada, a Literatura segue no nosso dia a dia, mesmo que de forma abstrata. Há os que cantam, os que escrevem, os que pintam, os que lêem, os que fotografam.
No entender do professor de literatura Wolfgang: “Hoje a literatura é taxativa e rotulada. Ser famoso e escrever best seller não influi em que o que se escreveu venha a tornar-se literatura. É preciso que ele tenha algo mais. Há de se agradar a gregos e troianos.” ¹
Literatura é capacidade de transformação, expressão cultural, modo de vida, criatividade. Ainda que com um pouco de discriminação, literatura é arte.
Contudo, ser famoso não implica só em escrever bem, nem se delimita pelo que é comum. A literatura é imprevisível, incomum. Apesar de imprevisível, quando se surpreende o leitor, quando leva sentimentos que remetam lembranças/momentos para quem ler, é o que o traz contigo do inicio ao fim. Afirmo despretensiosamente, que este é o caminho da fama. Embora muitos escritores não busquem a fama, e sim são movidos por uma necessidade de levar sentimentos/emoções aos que por ventura os leiam. É o que ocorre com o narrador-personagem de “Um escritor nasce e morre”.

¹. Luis C. Wolfgang

Larissa Porto de Oliveira