quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Câmera e cadeia


Políticos e Seus Interesses

Resumo: Na Câmara Municipal os vereadores estavam discutindo problemas sociais da cidade, mas Valdemar era o único realmente preocupado com os problemas. Embaixo da câmara ficava a cadeia, e em meio a pensamentos da sua infância, ele escutou um barulho que era de um preso que havia fugido do andar subterrâneo, e que adentra a câmara. Com medo, os outros homens gritavam, mas Valdemar começou a conversar com o preso, e ficou sabendo de como os presos eram tratados na cadeia (um tratamento marcado pela desumanidade). Depois dessa conversa, Valdemar queria prende-lo de novo, só que o preso fugiu, e Valdemar deixou o problema com os policiais que já o perdiam de vista...

Personagens: Valdemar: Único político preocupado com os problemas sociais
João Batista:Lutava contra o comércio
Major Ponciano e Coronel Lindolfo:"Autoridades" que não fazem nada
Preso: De camisa,calça de pano riscado,barba por fazer,olhos brilhantes, revoltado devido ao tratamento que recebia na cadeia.

Comentário - No conto “Câmara e cadeia”, Carlos Drummond mostra a falta de interesse dos políticos diante dos problemas sociais. Na história, Valdemar era o único político que trabalhava, e defendia realmente os interesses do “povo” e não os da elite, enquanto a maioria dos políticos defendem,ou fazem leis, para beneficiar seus interesses pessoais, não pensando na classe menos privilegiada (que consiste a maioria da população). Há um trecho no livro que mostra esse descontentamento do narrador diante dos políticos: “Então o povo elegia novo representantes, e desses nove somente cinco se dispunham a comparecer às sessões? E desses cinco apenas dois discutiam os problemas do povo? E desse dois, um só um – ele, que vivia cheio de serviço, defendia realmente os interesses de comunidade, e não os de classe?”(2010,pag. 52) Após esse desabafo, Valdemar conversa com um preso (após ele ter fugido para a Câmara), e o preso diz a Valdemar como ele é tratado na cadeia:era pisoteado, recebia refeições nojentas,sentiam muito calor,eram tratados como animais. O preso até questiona Valdemar se ele agüentaria viver em um lugar desses: “Já pensou em viver dez, 20 anos numa sala, sempre com as mesmas pessoas? Desculpe a confiança, mas mesmo sendo com sua família o senhor suportava?” (2010 pag.56) Após essa conversa, podemos concluir que o contraste social é muito maior do que imaginamos, e no conto o contraste social entre a câmara e cadeia, onde a câmara representa a parte rica (minoria) e a cadeia a miserável (maioria), é uma forma de representar a realidade que nós vivemos. Uma sociedade onde muitos vivem na pobreza miserável e poucos têm tanta riqueza. No conto fica claro que os políticos não se importam com os problemas sociais, virando as costas e passando o problema pra “frente”, diferentemente de Valdemar que tentava fazer algo para resolver. No final do conto mostra que o Valdemar se solidariza pelo preso, (“-Vamos sentar um pouco - disse Valdemar, aproximando-se e batendo de leve no ombro do preso”) mas quando olha a cadeia era tão repugnante...A decisão tomada pelo Valdemar diante do preso, foi de tentar persegui-lo (num gesto mais formal do que instintivo) mas a sua simpatia pelo preso,fez com deixasse ele fugir, deixando esse problema para os policiais.

Imagem: A imagem mostra o contraste social, de um lado mostra a pobreza (maioria) e de outro a riqueza (minoria).

Lucas Tadeu e Rafael Luiz

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